Malandro é Malandro !!



Malandro é aquele que brinca com a vida
Malandro é aquele que samba no pé
Malandro é o cara que sai na madruga
Volta pra casa e engana a mulher

 Malandro de fato é quem impõe o respeito
Malandro é aquele que faz o que quer
Malandro é aquele que vai lá a lapa
fumar um cigarro sambando no pé.


Descrença no ser humano foi o que me restou
Mas de mané nada ficou,
 Ser  Malandro foi o que restou
Esta é minha armadura
isto a vida me ensinou
Malandro é malandro e Mané é mané.



Um dia uma mulher me falou,
Quem nasceu pra ser malandro, nunca chega a ser Doutor.
Provei pra ela que isso é mentira.
Eu me chamo Zé malandro 
sou Doutor da Boêmia.


Malandro de Santa Tereza!


 Zé, Zé enganador, Zé intelectual, assim como é chamado e conhecido seu Zé de poucas palavras, mas de palavras exatas e firmes que às vezes fazem chorar tanto de tristeza quanto de alegria, às vezes abusado e brincalhão às vezes sério e zangão.
Foi nascido e criado no rio de janeiro na região nem tão pouco original da Lapa, ou melhor, Santa Teresa (assim como ele diz e convida: vamos subir?), ao contrário de muitos outros malandros da época ele foge um pouco do cidadão largado e abandonado, pelo contrário, ele teve pai e mãe, dinheiro e mulheres, tudo sempre do bom e do melhor, teve oportunidade de estudo, mas isso não foi o bastante para que ele fugisse da malandragem que o cercava e por causa de um falso amor jogou tudo fora e foi viver na boêmia, aprendeu a arte da lábia e a mandinga de um bom malandro, mas até que um dia, com todo seu estudo e toda sua malandragem seu Zé se foi... e hoje volta e nos conta toda a sua historia, um pouco de cada vez e assim vamos descobrindo o grande e bom homem que foi Seu Zé. 
Zé, Zé, Zé enganador enganou moça donzela com palavras de amor !  

"O morro de Santa Tereza está de luto, porque o Malandro morreu...
O morro de Santa Tereza está de luto, porque o Malandro morreu...
Ele chorava por ua mulher,chorava por uma mulher,chorava por uma mulher que não lhe amava.{2x}."

Amigo para todas as horas.


Tudo começou a poucos anos, de uma hora pra outra conheci uma nova realidade, uma nova forma de vida, uma nova religião.
Religião essa que me ensinou a ser uma pessoa melhor, me ensinou a não se prender a bens materiais, me ensinou que acima de tudo deve-se ajudar ao proximo e fazer a caridade.
tive muitos professores nessa escola chamada "UMBANDA", dentre eles Minha doce e sincera vó cambinda, o rígido caboclo 7 flexas, o durão porem amigo pai joão, mais um em especial estava e esta comigo todo tempo, dando conselhos, me ajudando no possível e no impossível e brigando quando necessário. 
Zé Pelintra, "Drº zé" . Tenho a esse grande amigo muito apreço, foi com ele que aprendi quem são os verdadeiros malandros e toda sua força. Se sou o que sou hj, devo a esse grande homem que com toda sua malandragem, todo seu carisma, por onde passa faz seguidores, na verdade muito alem de seguidores "AMIGOS VERDADEIROS".

"Quem não conhece nego zé alforriado, 
seu terno branco pano bom bem engomado
conta a história que ele também foi Drº
apesar da boêmia, ele ja teve um grande amor."






Hoje me mostrou mais uma vez quem tu és. 
malandro, guia, companheiro, amigo leal, parceiro pra todas as horas.
pouco o que tenho a dizer mais muito o que sinto. 
"MALANDRINHO DA ESTRADA " esse mlk aki num te eskece nunca mais.

"Eu ja falei vou levar a sua história. ate o dia que seu mlk morrer.
malandrinho tu é de mais. o seu mlk não te eskece nunca mais. 
Quando eu erro você sempre está aqui, pra me ajudar, me acolher me acudir.
Você é meu parcero, meu irmão, meu camarada. 
vou levando a sua historia Malandrinho da estrada."

História do Malandrinho da estrada.



malandrinho da estrada

Abandonado pelos pais, Malandrinho veio para o rio de janeiro ainda uma criança, onde conheceu uma cafetina em um cabaré da lapa, essa mulher que sempre sofreu pelo fato de nao poder ter filhos, o criou ensinando-o desde cedo
as malandragens da vida. Cresceu rodeado de mulheres, bebidas e drogas.
Amante da boa vida, acostumado a ter tudo do bom, as melhores bebidas, os melhores cigarros e claro as melhores mulheres. sempre muito galanteador tendo aos seus pés todas as mulheres que desejava.
Mais uma em especial Malandrinho se apaixonou se entregou mais nunca deixando de lado a malandragem. devido a isso, essa mulher o jurou de morte, justo a unica mulher no qual se entregou.
Durante um jogo d ronda em uma noite tranqüila sob os arcos da lapa, malandrinho com seus 19 anos mais ja considerado o rei da malandragem, rei do jogo de ronda e das mulheres, foi surpreendido. um tiro pelas costas foi o que aconteceu caiu um grande homem,"Malandrinho morreu". 




"ele a amou com todo seu pecado
naquela noite linda malandrinho foi jurado
que homem bonito que homem formoso ele é o diabo ele e perigoso
num jogo de ronda que ele nos deixou, foi por causa dela e do seu falso amor,
um tiro pelas costas foi o que aconteceu, caiu um grande homem malandrinho morreu.
ó umbanda linda, umbanda de fé c levanta minha gente ele é o rei do cabaré".

O Encontro de Zé Pelintra com Lampião

 

Um dia desses, passeando por Aruanda, escutei um conto muito interessante. Uma história sobre o encontro de Zé Pelintra com Lampião…
Dizem que tudo começou quando Zé Pelintra, malandro descolado na vida, tentou aproximar – se de Maria Bonita, pois a achava uma mulher muito atraente e forte, como ele gostava. Virgulino, ou melhor, Lampião, não gostou nada da história e veio tirar satisfação com o Zé:
_Então você é o tal do Zé Pelintra? Olha aqui cabra, devia te encher de bala, mas não adianta…Tamo tudo morto já! Mas escuta bem, se tu mexer com a Maria Bonita de novo, vou dá um jeito de te mandar pro inferno…
_Inferno? Hahahaha, eu entro e saiu de lá toda hora, num vai ser novidade nenhuma pra mim!_ respondeu o malandro _ Além do mais, eu nem sabia que a gracinha da “Maria” tinha um “esposo”! Então é por isso que ela vive a me esnobar!
_Gracinha? Olha aqui cabra safado, tu dobre a língua pra falar dela, se não tu vai conhecer quem é Lampião! _ disse Virgulino puxando a peixeira, já que não era e nunca seria, um homem de muita paciência.
_Que isso homem, tá me ameaçando? Você acha que aqui tem bobo?_ e Zé Pelintra estralou os dedos, surgindo toda uma falange de espíritos amigos do malandro, afinal ele conhecia a fama de Lampião e sabia que a parada era dura.
Mas Lampião que também tinha formado toda uma falange, ou bando, como ele gostava de chamar, assoviou como nos tempos de sertão e toda um “bando” de cangaceiros chegaram para participar da briga. A coisa parecia já não ter jeito, quando um espírito simples, com um chapéu na cabeça, uma camisa branca, cabelos enrolados, chegou dizendo:
_Oooooooxxxxxx! Mas o que que é isso aqui? Compadre Lampião põe essa peixeira na bainha! Oxente Zé, tu não mexeu com Maria Bonita de novo, foi? Mas eu num tinha te avisado, ooooxx, recolhe essa navalha, vamo conversar camaradas…
_Nada de conversa, esse cabra mexeu com a minha honra, agora vai ter! _ Disse Lampião enfurecido!
_To te esperando olho de vidro! _ respondeu Zé Pelintra.
_Pera aí! Pela amizade que vocês dois tem por mim, “Severino da Bahia”, vamo baixar as armas e vamo conversar, agora!
Severino era um antigo babalorixá da Bahia, que conhecia os dois e tinha muita afeição por ambos. Os dois por consideração a ele, afinal a coisa que mais prezavam entre os homens era a amizade e lealdade, baixaram as armas. Então Severino disse:
_Olha aqui Zé, esse é o Virgulino Ferreira da Silva, o compadre Lampião, conhecido também como o “Rei do Cangaço”. Ele foi o líder de um movimento, quando encarnado, chamado Banditismo ou Cangaço, correndo todo o sertão nordestino com sua revolta e luta por melhores condições de vida, distribuição de terras, fim da fome e do coronelismo, etc. Mas sabe como é, cometeu muitos abusos, acabou no fim desvirtuando e gerando muita violência…
_É, isso é verdade. Com certeza a minha luta era justa, mas os meios pelo qual lutei não foram, nem de longe, os melhores. Tem gente que diz que Lampião era justiceiro, bem…Posso dizer que num fui tão justo assim_ disse Lampião assumindo um triste semblante.
_ Eu sei como é isso. Também fui um homem que lutou contra toda exploração e sofrimento que o pobre favelado sofria no Rio de Janeiro. Nasci no Sertão do Alagoas, mas os melhores e piores momentos da minha vida foram no Rio de Janeiro mesmo. Eu personificava a malandragem da época. Malandragem era um jeito esperto, “esguio”, “ligeiro”, de driblar os problemas da vida, a fome, a miséria, as tristezas, etc. Mas também cometi muitos excessos, fui por muitas vezes demais violento e, apesar de morrer e terem me transformado em herói, sei que não fui lá nem metade do que o povo diz_ dessa vez era Zé Pelintra quem perdia seu tradicional sorriso de canto de boca e dava vazão a sua angústia pessoal…
_Ooxx, tão vendo só, vocês tem muitas semelhanças, são heróis para o povo encarnado, mas, aqui, pesando os vossos atos, sabem que não foram tão bons assim. Todos têm senso de justiça e lealdade muito grande, mas acabaram por trilhar um caminho de dor e sangue que nunca levou e nunca levará a nada.
_É verdade, bem, acho que você não é tão ruim quanto eu pensava Zé. Todo mundo pode baixar as armas, de hoje em diante nós cangaceiros vamo respeitar Zé Pelintra, afinal, lutou e morreu pelos mesmos ideias e com a mesma angústia no coração que nós!
_ O mesmo digo eu! Aonde Lampião precisar Zé Pelintra vai estar junto, pois eu posso ser malandro, mas não sou traíra e nem falso. Gostei de você, e quem é meu amigo eu acompanho até na morte.
_Oooooxxxxx! Hahahaha, mas até que enfim! Tamo começando a nos entender. Além do mais, é bom vocês dois estarem aqui, juntos com vossas falanges, porque eu queria conversar a respeito de uma coisa! Sabe o que é…
E Severino falou, falou e falou… Explicando que uma nova religião estava sendo fundada na Terra, por um tal de Caboclo das Sete Encruzilhadas, uma religião que ampararia todos os excluídos, os pobres, miseráveis e onde todo e qualquer espírito poderia se manifestar para a caridade. Explicou que o culto aos amados Pais e Mães Orixás que ele praticava quando estava encarnado iria se renovar, e eles estavam amparando e regendo todo o processo de formação da nova religião, a Umbanda…
_…é isso! Estamos precisando de pessoas com força de vontade, coragem, garra para trabalhar nas muitas linhas de Umbanda que serão formadas para prestar a caridade. E como eu fui convidado a participar, resolvi convidar vocês também! Que acham?
_Olha, eu já tenho uma experiência disso lá no culto a Jurema Sagrada, o Catimbó! Tô dentro, pode contar comigo! Eu, Zé Pelintra, vou estar presente nessa nova religião chamada Umbanda, afinal, se ela num tem preconceito em acolher um “negô” pobre, malandro e ignorante como eu, então nela e por ela eu vou trabalhar. E que os Orixás nos protejam!
_Bem, eu num sô homem de negar batalha não! Também vou tá junto de vocês, eu e todo o meu bando. Na força de “Padinho” Cícero e de todos os Orixás, que eu nem conheço quem são, mas já gosto deles assim mesmo…
E o que era pra transformar – se em uma batalha sangrenta acabou virando uma reunião de amigos. Nascia ali uma linha de Umbanda, apadrinhada pelo baiano “Severino da Bahia”, pelo malandro mestre da Jurema “Zé Pelintra” e pelo temido cangaceiro “Lampião”.
Junto deles vinham diversas falange. Com o malandro Zé Pelintra vinham os outros malandros lendários do Rio de Janeiro com seus nomes simbólicos: “Zé Navalha”, “Sete Facadas”, “Zé da Madrugada”, “7 Navalhadas”, “Zé da Lapa”, “Nego da Lapa”, entre muitos e muitos outros.
Junto com Lampião vinha a força do cangaço nordestino: Corisco, Maria Bonita, Jacinto, Raimundo, Cabeleira, Zé do Sertão, Sinhô Pereira, Xumbinho, Sabino, etc.
Severino trazia toda uma linha de mestres baianos e baianas: Zé do Coco, Zé da Lua, Simão do Bonfim, João do Coqueiro, Maria das Graças, Maria das Candeias, Maria Conga, vixi num acaba mais…
Em homenagem ao irmão Severino, o intermediador que evitou a guerra entre Zé Pelintra e Lampião, a linha foi batizada como “Linha dos Baianos”, pois tanto Severino como seus principais amigos e colaboradores eram “Baianos”.
E uma grande festa começou ao som do tambor, do pandeiro e da viola, pois nascia ali a linha mais alegre, mais divertida e “humana” da Umbanda. Uma linha que iria acolher a qualquer um que quisesse lutar contra os abusos, contra a pobreza, a injustiça, as diferenças sociais, uma linha que teria na amizade e no companheirismo sua marca registrada. Uma linha de guerreiros, que um dia excederam – se na força, mas que hoje lutavam com as mesmas armas, agora guiados pela bandeira branca de Oxalá.
E, de repente, no meio da festa, raios, trovões e uma enorme tempestade começaram a cair. Era Iansã que abençoava todo aquele povo sofrido e batalhador, igualzinho ao povo brasileiro. A Deusa dos raios e dos ventos acolhia em seus braços todas aqueles espíritos, guerreiros como ela, que lutavam por mais igualdade e amor no nosso dia – dia.
E assim acaba a história que eu ouvi, diretamente de um preto – velho, um dia desses em Aruanda. Dizem que Zé Pelintra continua tendo uma queda por “Maria Bonita”, mas deixou isso de lado devido ao respeito que tem pelo irmão Lampião. Falam, ainda, que no momento ele “namora” uma Pombagira, que conheceu quando começou a trabalhar dentro das linhas de Umbanda. Por isso é que ele “baixa”, às vezes, disfarçado de Exu…
“Oxente eu sou baiano, oxente baiano eu sou
Oxente eu sou baiano, baiano trabalhador
Venho junto de Corisco, Maria Bonita e Lampião
Trabalhar com Zé Pelintra
Pra ajudar os meus irmãos…!”

Amigo do Peito ..


Malandro amigo do peito sujeito de fé
tinhoso, manhoso, sabe o que quer
na terra do malmequer
margarida mexeu com seu peito uma linda mulher
e o zé que não é nenhum zé qualquer
se acendeu de paixão e saiu do chão
malandro sempre alinhado num linho do bom
uma loira gelada para dar o tom
simpatia, papo bom
na lapa reduto de bambas e sambas maneiros
José estava sempre com seus companheiros
navalha no bolso, lenço no pescoço
vivendo sem pressa, deixando a vida levar
no tempo, no laço, nos braços do vento
querendo o melhor a todos ao redor
o amor e a harmonia é o seu enrredo
mulato formoso dos olhos verdinhos
da cor lá do mar
o teu sobrenome até dá pra rimar
pra quem não conhece vou apresentar
JOSÉ RIBAMAR
lá no morro ele é respeitado e no samba também
malandro do bem onde ele chegar
um rabo de saia
não pode faltar...

Ao grande Guia, Amigo e Companheiro Malandrinho da Estrada




Eu andava triste pela estrada
eu acompanhava uma voz a me guiar,
continuei andando parei na encruzilhada,
eu então senti aquela voz a me deixar.
Era meia noite e o galo contava derrepente veio uma gargalhada pelo ar, em um piscar de olhos eu não acreditava, estava na minha frente MALANDRINHO DA ESTRADA.

♫ Sambou, Sambou Malandrinho sambou